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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

As atrações imperdíveis do Vaticano


Obras de arte atemporais, monumentos arquitetônicos, ficar cara a cara com o papa

por Eduardo Jun Marubayashi
Fonte: viajeaqui






Conheça os passeios e atrações obrigatórios no Vaticano, em Roma. De monumentos históricos a obras-primas da Renascença talhados por mestres como Michelangelo, Rafael e Bernini, de joias arquitetônicas à chance de ser recebido pelo papa em pessoa, o viajeaqui fez uma seleção com alguns dos principais destaques do menor estado do mundo.


Baldaquino de Bernini
No encontro da nave com o transepto da Basílica de São Pedro, exatamente sob a massiva cúpula de Michelangelo, um elegante dossel de bronze cobre o altar papal. Ainda mais importante, ele marca o túmulo onde está sepultado Pedro, o pescador da Galileia que tornou-se o primeiro papa. Projetado por Bernini sob encomenda de Urbano VIII, ele utilizou bronze vindo das portas do Panteão em sua fundição. Não deixe de ver os belos efeitos de luz que atravessam as colunas salomônicas.


Juízo Final, de Michelangelo
O afresco que cobre a grande parede ao fundo da Capela Sistina é singular.
Aqui está um Jesus musculoso, poderoso, sem a barba. Uma imagem iconoclasta que Michelangelo produziu em sua maturidade, vinte anos após o teto da Capela Sistina. Ela reflete muito da atmosfera de incerteza de seu tempo, após o saque de Roma de 1527. Apocalíptico, severo, um tanto sombrio.


Galeria dos Mapas
Ao adentrar o segundo andar dos Museus do Vaticano, um dos primeiros salões a serem visitados é um grande corredor, com tetos e paredes tomados por afrescos de mapas e momentos históricos da Igreja. Por suas janelas é possível espiar parte dos jardins.




Pietà, de Michelangelo
A maioria dos visitantes que vai à Basílica de São Pedro segue direto em busca da Pietà. A comovente estátua de Maria com o Cristo morto é de poderosa plasticidade. Obra de um jovem Michelangelo, após um atentado a estátua passou a ser protegida por uma parede de vidro. Fica logo à  direita da entrada.


Cúpula de Michelangelo
O magistral domo que cobre o Baldaquino é obra de Michelangelo, seguindo técnicas utilizadas no Panteão de Roma e na Catedral de Florença, de Brunelleschi. A lanterna superior é de inigualável leveza, enquanto sua escala é simplesmente monumental. Note os mosaicos que representam os evangelistas, sobre as gigantescas colunas: somente a pena na mão de São Lucas tem cerca de 1,5 metro.
O domo é iluminado por 16 janelas e uma lanterna central sobre o óculo.


Escadarias de Giuseppe Mormo
Muito antes de Frank Lloyd Wright conceber sua galeria em rampa no icônico museu Solomon R. Guggenheim de Nova York, Giuseppe Mormo desenhou esta escadaria estupenda em espiral, nos Museus do Vaticano. Na realidade, são duas escadas: uma que sobe e outra que desce, feito uma molécula de DNA. A forma orgânica e funcional é uma das últimas adições ao Vaticano, levantada na década de 1930.


Biblioteca do Vaticano
Com mais de 150 mil volumes, a Biblioteca Apostólica guarda alguns dos mais preciosos livros, documentos, cartas e registros escritos do Ocidente. Após uma extensa reforma para modernização, melhoria das condições de conservação e segurança e recuperação dos afrescos da Sala Sistina (foto; não confundir com a Capela Sistina, ambas construídas sob ordens do papa Sisto IV), ela está novamente aberta ao público. Ao menos, em termos. A rigorosa permissão de acesso à biblioteca de Nicolau V, inaugurada no século 15, só é dada, na maioria das vezes, a acadêmicos e pesquisadores.


Colunata de Bernini, Praça de São Pedro
Abraçando a Praça de São Pedro, onde um obelisco egípcio pousa em seu centro, há duas séries semicirculares de imensas colunas dóricas. São 284 no total, acompanhadas por 140 estátuas instaladas no topo dos longos corredores. Além da monumentalidade do conjunto, o mais interessante por aqui é observar o vai e vem de pessoas. Sacerdotes e noviços apressados, turistas embasbacados, todos se apequenam na grande praça.


Escola de Atenas, nas Salas de Rafael
Sem querer, muita gente deixou de ver esta obra-prima. Tal é a profusão de afrescos, quadros, esculturas e objetos históricos nos Museus do Vaticano que a Escola de Atenas, de Rafael, pode passar despercebida. Ela está na Stanza della Segnatura, um dos quatro cômodos encomendados pelo papa Júlio II com pinturas do mestre renascentista, originalmente utilizada como sua biblioteca.
A pintura retrata alguns personagens-chave da filosofia e pensamento clássico gregos: Platão, Sócrates, Pitágoras, Diógenes e Aristóteles, entre outros. O próprio Rafael se incluiu na obra.
Na mesma sala também está outra obra marcante, A Discussão do Santíssimo Sacramento, produzida entre 1508 e 1511.


Ver o Papa
Não é nada difícil ir a Roma e ver o Santo Padre. As celebrações litúrgicas, na Basílica de São Pedro, necessitam de convites e acontecem de duas a quatro vezes ao mês, em intervalos irregulares. Já o Angelus, aberto ao público, é promovido todos os domingos e em algumas ocasiões especiais, na Praça de São Pedro.
Mais detalhes no verbete Audiência Papal.


Teto da Capela Sistina
Simplesmente arrebatador. O Adão letárgico, com seu dedo frouxo, é puro contraste quando comparado ao Deus enérgico e impetuoso. Entre eles, o mais belo intervalo da história da arte, o quase-tocar que separa o humano do divino.
Mesmo cercado de afrescos de Ghirlandaio, Botticelli e Perugino, que seriam o destaque em qualquer igreja do mundo, todos os turistas aqui têm suas atenções voltados ao teto. Dá um torcicolo danado, mas compensa pela poderosa beleza, as cores originais ressurgidas e a atmosfera litúrgica (tente esquecer a multidão).
É sob este teto que acontece o conclave, a eleição dos papas.



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