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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Descubra St. Barth



Fonte: www.st-barths.com
Imaginem uma pequena ilha vulcânica cercada de praias, que suou sangue e água sob o sol tropical durante milhões de anos. adicione uma ponta de marinheiros aventureiros de origem francesa, em busca de uma nova vida, cheia de promessas. Deixe ferver em fogo brando por quatrocentos anos. Sobe a pressão e adicione moradias de luxo, refinados pequenos hotéis e restaurantes franceses de classe internacional. Regue essa preparação com uma mistura de repouso, lazer elegantes e charme rústico. Sirva !

Onde fica ST Barth?

A ilha de Saint Barthélemy faz parte da cadeia de ilhas do norte das Antilhas . Ela se localiza a 18° au norte, 63° a oeste dentro do estremo nordeste do mar do Caribe, exatamente a 6500 Km de Paris, 2500 Km de New York, 180 Km de Porto Rico e a 24 Km sudoeste da Ilha de Saint Martin.

A Ilha por excelência

Chegando apenas ao aeroporto Gustav III você começa a entender que esta em um outro lugar, tendo assim a impressão de que você deixou a civilização e a partir deste momento estará fazendo parte de um sonho . Excelência, luxo e tranquilidade são adjetivos que não faltam para definir este lugar fora do comum. Aqui tudo é perfeito ! St Barth é um pedaço do paraíso sobre a terra.

Um Prestigio Intimo

Saint Barts, soa como um uma senha que nos transporta a um mundo mágico. As autoridades com toda a sua sabedoria, entenderam que tal desenvolvimento intensivo não seria compatível com o tamanho da ilha, e com o tempo souberam controlar severamente o crescimento turístico, o patrimônio natural. A segurança dos bens e pessoas são primordiais em St Barth como em nenhum outro lugar do mundo. E por esta razão qua algumas personalidades continuam a escolher este lugar para viver definitivamente em uma atmosfera calma e tranquila . St Barth um lugar de beleza e prestigio no meio do mar do Caribe.

Casas e Hotéis Luxo

St Barth não mediu esforços sobre nada mesmo para conquistar e satisfazer sua clientela. Todos os hotéis da ilha são de pequenas estruturas qua asseguram tranquilidade e descrição a uma clientela de classe.
Contrariamente a maior parte das outros destinos turísticos do Caribe , a locação de casas particulares é muito desenvolvida em St Barthélemy.

O Que Fazer Saint–Barthélemy ?

A ociosidade sobre uma das praias de sonho resta como a atividade principal. A temperatura media gira entre 27 °C e 35 °C e raramente abaixo dos 20 °C. Considerada a costa do sol por excelência , principalmente no inverno período frio entre Europa e os Estados-unidos . A ilha é cercada de belas praias, um verdadeiro convite para relaxar à sombra dos coqueiros. Os mais ativos encontrarão suas atividades. Mergulho, pesca em alto mar, windsurf , surf e passeios de barco, jet ski, kite surf ...St Barth é também conhecida por ser um destino gastronomico. A diversidade de pratos nos permite degustar uma grande numero de refeições derivadas da cozinha francesa ou da saborosa cozinha antilhesa . St Barts é também um paraíso para as compras de produtos de luxo. Você vai encontrar as mais variadas boutiques. Representantes de grandes marcas estão aqui.

Vamos para o Caribe?


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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Rússia


Fonte: Maria Izabel Reigada / Panrotas edição 49

Cheia de contrastes em relação ao Brasil, mas também consigo mesma, a Rússia tem suas duas maiores cidades – Moscou e São Petersburgo – dois bons exemplos disso.


Com dimensões continentais, como o Brasil, a Rússia é o maior país do mundo, dono de área geográfica com dobro do tamanho da brasileira. Nesse espeço dividido por 11 fusos horários, vivem cerca de 150 milhões de habitantes que movimentam uma das dez maiores economias do mundo, responsável por encaixar a Rússia ao lado do Brasil entre os BRICS, conjunto de economias emergentes formado pelos dois e também por China, Índia e África do Sul.

Explorando São Petersburgo

Daí em diante são só diferenças com o Brasil. Visitar as duas maiores cidades russas mostra isso. "É uma visita a dois países" (pode-se dizer): Moscou, a dinâmica capital, e São Petersburgo, a cidade construída pelos czares, os ‘imperadores russos’, em 1703.

Mesmo com 5,5 milhões de habitantes, São Petersburgo não parece a metrópole que é. Planejada, a cidade teve sua construção inspirada em Amsterdã e suas amplas ruas estão ora separadas por canais, ora ligadas por pontes. Além de espalhada pelas margens do rio Neva, São Petersburgo também se estende por ilhas ao longo do rio, que congela no inverno.




E se diferenças são grandes entre as duas cidades, são imensas quando se compara a mesma São Petersburgo no inverno e no verão, afinal, as temperaturas caem a menos de 30o C na estação fria e podem subir a 30o C no verão. Branca no inverno, São Petersburgo vê o seu rio congelar e vive a rotina do horário de suas pontes levadiças – que ficam erguidas durante a madrugada, impedindo a passagem entre as margens do rio. Se as pontes marcam a hora do inverno, só mesmo o relógio para dizer o horário no verão, quando a cidade tem as conhecidas noites brancas. As noites brancas, que dão nome ao conto de um dos mais famosos escritores da cidade (e da Rússia), Fiodor Dostoievsk, são um fenômeno no qual as noites não escurecem completamente, dada a posição geográfica de São Petersburgo.




Nos dias sem-fim do verão, não há dúvidas: a cidade deve ser conhecida em longas caminhadas. Mesmo no inverno, elas valem a pena – não à toa São Petersburgo dispensa aqueles corredores subterrâneos quem ligam ruas, centros comerciais e financeiros das cidades no extremo do Hemisfério Norte. Seria um desperdício não observar tudo o que a megalomania mandou construir por ali. Não havia medida de exagero para a grandiosidade e o luxo sonhado pelos czares, a começar por Pedro, o Grande, que mandou construir São Petersburgo.

Toda a cidade é repleta de palácios. Eles não têm a imagem clássica dos castelos de contos de fadas, mas todos eles esbanjaram o luxo digno das histórias que escapam à realidade. Hoje, esses palacetes converteram-se em edifícios públicos, hotéis, hospitais, centros comerciais e residências. Há de tudo nos antigos palácios, construídos por diferentes czares, com 27 quilômetros de corredores e galerias. Estima-se que um visitante que parasse um minuto observando cada obra de arte levaria algo em torno de três anos para visitar todo o acervo.

Passeios de barco são uma das boas opções para explorar São Petersburgo.

Os atuais turistas podem se misturar com a população local na Avenida Nevski, uma das artérias de São Petersburgo. Foi uma das primeiras vias abertas na cidade, tem excelentes restaurantes, livrarias, cafés, algumas das lojas mais caras, centros comercias e, o melhor: é atravessada por vários canais, com pontes ligando os dois lados da mesma rua. É o canal Griboedov que possui o maior número de pontes, e também a atmosfera mais retrô, onde o visitante pode voltar às páginas das histórias de Dostoievsky e Leon Tolstoi facilmente. A menor de todas as ponte, a Ponte dos Leões, tem os grandes felinos em granito como adornos.

Algumas atrações da cidade:

Catedral da Virgem de Kazan
Abriga uma das mais idolatradas relíquias da igreja ortodoxa Russa, imagem da Virgem de Kazan. Foi transformada em Museu do Ateísmo pela revolução russa de 1917 e hoje abriga o Museu das Religiões.


Fortaleza e Catedral de São Pedro e São Paulo
Praticamente as únicas construção da ilha de Zaiatchi, as primeiras de São Petersburgo em meados do século 18. Nos séculos 19 e 20 suas paredes transformaram-se em prisões e receberam russos como: Pedro o Grande, Catarina a Grandec, czar Nicolau 2o e sua família...


Museu Estatal Russo
Antigo Palácio Mikhailovski. Inaugurado em 1898 o museu orgulha-se de relíquias russas e obras de vanguardistas russos como Kandinski, Pavel Filonov, Malevitch.


Praça e Catedral de Santo Isaac
A praça em frente a Catedral separa do Palácio Mariinski, uma das obras-primas da arquitetura czarista.Na praça, o imponente monumento do czar Nicolau 1o. A Catedral pode receber até 14 mil pessoas em seu interior. É possível subir  a cúpula, para se ter imagem única da cidade.


Templo do Cristo do Sangue Derramado
Um dos edifícios mais clássicos da arquitetura ortodoxa de São Petersburgo. As cúpulas em formato “acebolado” ou “chamas de fogueira” são comuns cartões postais da cidade.


Palácio de verão
Não havia limite para o luxo czarino. Não satisfeita com o conjunto palaciano que hoje forma o Museu Hermitage, Cataria, a Grande, assim como Pedro, antes dela, mandou construir seu palácio de verão ao sul de São Petersburgo. Peterhof, onde está o palácio de Pedro, o Grande, é Patrimônio da Humanidade da Unesco. É uma espécie de Versalhes russa. O palácio de verão de Catarina tem 300 metros de fachada, acabamentos que consumiram mais de 100 quilos de ouro e relíquias como a Sala de Âmbar. Além disso, 100 hectares dos jardins são um espetáculo à parte na primavera.



Moscou moderna

Ao contrário da imagem propagada durante anos da Guerra Fria, Moscou não é uma cidade cinza, de edifícios sisudos e skyline pontuado por chaminés de fábricas. Conhecido como “arquitetura funcional”, o estilo de construções de período soviético tem como principal característica a austeridade. E é uma contradição em si. A começar pelas impressionantes Sete Irmãs de Stálin entre 1947 e 1953. Dois deles abrigariam hotéis, outro seria a principal universidade da capital russa, dois seriam residenciais e outros dois tornaram-se endereço dos ministérios dos Transportes e das Relações Internacionais.




Assim como o skyline de Moscou, que pode ser apreciado em um passeio pelo Moskva, rio que atravessa a cidade, ou do alto. Para apreciá-lo do alto, uma das melhores visitas da cidade é para o icônico Kremlim, que pode ser observado do restaurante e bar O2, no alto do Ritz-Carlton Moscow, hotel separado da Praça Vermelha apenas por uma larga avenida. De dia ou à noite, a vista que o O2 oferece para a praça é um privilégio. Ver Moscow do alto deve fazer parte da visita de todo grupo à capital russa.

Além do O2, o restaurante Kalina Bar é outra opção. Com poucas mesas externas, o restaurante, de vidro, tem vista para toda a cidade. De um lado, o burburinho dos edifícios mais modernos, pontuado pela silhueta de algumas das Sete Irmãs de Stálin. Do outro, o rio Moskva, com suas verdes margens, e o Hotel Radisson, instalado em um dos edifícios de Stálin, talvez o mais importante deles, ao lado da Universidade de Moscou.

É bastante fácil perder-se no metrô de Moscou. São mais de 200 estações espalhadas por 12 linhas que cobrem cerca de 300km, que mesmo com um mapa, corremos o risco de embarcar num vagão no sentido contrário do desejado. Mas, ainda bem. É que o metrô de Moscou é um endereço onde perder-se por um par de horas pode ser um verdadeiro achado.

Construído por Joseph Stálin nos anos 1930 (primeira linha vermelha inaugurada em 1935), o metrô de Moscou tem um grande M maiúsculo para sinalizar as estações do lado de fora. Os guichês para compra de passagens (19 rublos ou aproximadamente US$0,60) são discretos, como o exterior das estações. Ao final das esteiras e escadas rolantes o visitante depara-se com verdadeiras surpresas: obras de arte.




Extremamente limpas, apesar do fluxo de cerca de oito milhões de passageiros ao dia, que faz o metrô de Moscou o dono da maior densidade de passageiros do mundo, as estações são obras de arte. Principalmente as da linha vermelha.

A decoração é em estilo palaciano, com lustres suntuosos e obras de arte de todo o tipo. Profundas, as escadas rolantes desembocam em amplos espaços iluminados e dignos de fotografias, muitas fotografias!

A rede conecta a região central aos bairros periféricos e funciona das 5h30min à 1h da manhã, todos os dias, com trens que passam pelas estações a cada minuto e meio.

Algumas atrações de Moscou:

Bunker 42
É possível visitar um dos abrigos nucleares construídos por Stálin. A 65 metros de profundidade, o Bunker 42 foi construído para casos de ataques inimigos e adaptado para evitar, inclusive, as ameaças dos anos de Guerra Fria. Hoje, a sala secreta de onde poderiam ser disparados mísseis com armas nucleares está aberta a visitantes de todo o mundo.



Galeria Tzeretelli
A cozinha russa é diversa e rica. Entre as mais populares está a culinária da Geórgia e um dos melhores locais para saboreá-la é o restaurante da Galeria Tzeretelli, uma galeria de arte com esculturas onde se destacam a grande maça no centro – a Maça das Tentações, cujo interior pode ser visitado – e a família dos Romanov, a última dinastia de czares russos.


Praça Vermelha
Famosa pelos desfiles militares, separa Moscou do Kremlim (centro histórico). Grandes ruas de Moscou partem da praça, considerada o ponto central da cidade. A torre do relógio e o mausoléu de Lenin são atrações de lá, quase ofuscadas por seu astro-rei: a Catedral de São Basílio.


Parque Gorki
Além de uma bela área verde, o parque tem o Museu da 2a Guerra Mundial e o famoso Obelisco da Vitória: uma aula de história que vale a pena.


Que tal?



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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Grandes peregrinações e lugares santos do mundo


Destinos religiosos e muita devoção no Brasil e no mundo
Fonte: viajeaqui   |   Por: Eduardo Jun Marubayashi



Por fé religiosa ou simples vontade de se descobrir, centenas de milhares de pessoas pelo mundo saem de casa para tomar parte de grandes peregrinações e visitar lugares santos. Os motivos finais variam. Pagar uma promessa, encontrar algo superior ou simplesmente deparar-se com monumentos históricos são motivos comuns.
Como um país de cristãos, os brasileiros estão mais acostumados a visitar locais relacionados à vida de Jesus Cristo e seus seguidores. O Caminho de Santiago de Compostela, os santuários de Fátima e Lourdes, o Vaticano e a Terra Santa -- onde estão o rio Jordão, a Basílica da Natividade, o Santo Sepulcro, o Mar da Galileia e o Jardim de Getsêmani, entre outros -- são os principais destinos de nosso turismo religioso.
Contudo, a diversidade espiritual nos está levando a lugares mais longínquos, repletos de misticismo e sabedoria. E, nesse quesito, a Ásia é deslumbrante. Foi aqui que nasceram várias das grandes religiões do planeta: cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo. Explorar os caminhos dessas religões é compreender um pouco mais das culturas nelas baseadas. Meca, na Arábia Saudita, e Varanasi e Bodhgaya, na Índia, são alguns destes lugares.
Conheça agora com o viajeaqui para alguns dos maiores centros de devoção do mundo.


Varanasi, Índia
Quando o sol da manhã ilumina as águas turvas do rio Ganges, centenas de fiéis hindus iniciam seu banho ritual na mais sagrada das cidades – Varanasi, a antiga Berares. Alguns preparam oferendas, sadhus parecem entrar em transe, iogues aquecem a respiração. Apesar das poluídas águas do rio, a atmosfera exala magia. Considerada uma das cidades mais antigas continuamente habitadas do planeta -- a outra seria Jericó --, Varanasi tem cerca de 3 mil anos e, segundo a crença hindu, foi fundada pelo deus Shiva.


Fátima, Portugal
Fora do Brasil, Fátima é um dos destinos de peregrinação de mais forte apelo para os brasileiros. As aparições da Virgem para os pequenos pastorinhos portugueses até hoje povoam a imaginação popular e reforçou o culto mariano no século 20.


Bodhgaya, Índia
Dentro do mundo do budismo, há muitos grandes destinos a serem visitados. Kyoto (Japão), Bangcoc (Tailândia), Bagan (Mianmar) e Borobodur (Indonésia) possuem conjuntos de templos dedicados a Sidartha Gautama que merecem ser conhecidos. É no subcontinente indiano, porém, que se encontram os principais sítios diretamente ligados ao mestre. Lumbini, no Nepal, é o local de seu nascimento. Bodghaya (foto), na Índia, possui uma figueira que provavelmente é descendente daquela sob a qual ele chegou à iluminação. A cidade está repleta de templos construídos pelas mais diversas escolas budistas, como a tibetana e a tailandesa. Já em Sarnath, cidade vizinha a Varanasi, é o local onde ele propagou seus conhecimentos pela primeira vez. Aqui encontra-se a mais primitiva forma de estupa budista, que daria origem aos pagodes do Extremo Oriente.


Assis, Itália
Juntamente com Pádua, terra natal de Santo Antônio, Assis é um dos destinos de maior devoção do mundo cristão ocidental. O motivo todos sabem: São Francisco de Assis. O popular santo, protetor dos animais, celebrado em igrejas e homenageado em nomes de rios e cidades, atrai milhares de fiéis ao coração da Úmbria para visitar sua basílica. E, claro, também seguir os passos de Santa Clara.


Meca, Arábia Saudita
Uma das obrigações de todo muçulmano – xiitas e sunitas – é visitar a cidade sagrada de Meca ao menos uma vez na vida – desde que tenha recursos e saúde para fazê-lo. No período do Hajj, dezenas de milhares de pessoas concentram-se para os rituais junto à Grande Mesquita e a Caaba, circulando em sua volta sete vezes no sentido anti-horário, o tawaf. Totalmente restrita aos não seguidores do Islã, Meca faz parte do roteiro de muitos peregrinos, assim como Medina, a segunda cidade santa dos muçulmanos.


Lhasa, Tibete
O sagrado Potala, palácio dos dalai-lamas, hoje encontra-se vazio. Ao menos espiritualmente, já que o líder político e espiritual do Tibete vive no exílio desde a década de 1950. Mesmo assim, a poderosa imagem do maciço castelo-mosteiro é uma benção para seus seguidores, que aqui oram, talvez, pelo dia do retorno do Oceano de Sabedoria.


Monte Kailash, Tibete, China
A pirâmide nevada do Monte Kailash é considerada um local sagrado para cinco religiões. As águas de seu degelo servem de nascente para vários rios santos, como Brahmaputra, Indo e o Ganges (através de seu afluente Karnali). Tal é sua importância que escalá-lo é um tabu. Quando foi concedida uma permissão especial a Reinhold Messner – o primeiro homem a conquistar os 14 picos de mais de oito mil metros e a subir sozinho o Everest sem oxigênio suplementar –, ele simplesmente se negou. O entorno da montanha é muito visitado por seguidores do budismo, jainismo e hinduísmo.


Lourdes, França
Principal santuário religioso da França, Lourdes entrou no mapa dos católicos após as aparições da Virgem para a jovem Bernadette Soubirous, em 1858. O suposto poder milagroso das águas de sua fonte atrai cinco milhões de fiéis todos os anos, tornando a cidade um grande e quase que permanente centro de peregrinação.


Basílica de Sao Pedro, Vaticano
Jesus Cristo foi julgado, morto e sepultado sob jurisdição romana. Não deixa de ser irônico então que o principal centro de peregrinação dos católicos seja em Roma. Construída sobre o suposto túmulo do apóstolo Pedro, a Basílica de São Pedro é uma alegoria barroca, construída para a glória do Senhor – e de alguns papas, também. Michelangelo, Rafael e Bernini foram alguns dos gênios renascentistas que participaram da construção do magnificente templo, construído sobre a pedra fundamental escolhida por Cristo.


88 Templos de Shikoku, Japão
Shikoku, a menor das quatro ilhas principais do Japão, guarda uma das mais congestionadas rotas de peregrinos do planeta. Fiéis paramentados com bastões, chapéu de palha e roupas brancas cumprem uma exigente rota de 1200 quilômetros – parte urbana, parte totalmente isolada do mundo – passando por 88 templos budistas relacionadas ao monge Kobo Daishi, o Kukai.


Aparecida, São Paulo
Foi às margens do rio Paraíba do Sul, entre Rio de Janeiro e São Paulo, que, de certa forma, o milagre da multiplicação dos peixes repetiu-se. Apesar do forte mercantilismo e da razoável desorganização urbana, Aparecida do Norte -- como também é conhecida -- continua sendo um dos mais fortes centros de peregrinação do país, com fiéis chegando pelas duas pontas da Via Dutra, a cavalo ou por caminhos rurais, carregando ou não sua cruz. Tudo para celebrar a santa padroeira do Brasil que, sim, é a razão pela qual o dia 12 de outubro é feriado nacional.


Caminho de Santiago, Espanha
Muito antes de Paulo Coelho estabelecer o Caminho de Santiago de Compostela como a rota da descoberta pessoal para o peregrino moderno, a pequena cidade galega no noroeste da Espanha já atraía multidões. Suposto lugar de descanso dos restos mortais do apóstolo Tiago, milhares de viajantes – cristãos ou não – colocam o pé na estrada para conhecer sua basílica e achar uma luz para suas próprias vidas.
Consulte-nos!


Muro das Lamentações, Israel
O Segundo Templo de Jerusalém era não somente repositório da Arca da Aliança, mas também o principal recinto religioso do mundo hebraico. Em 70 d.C., os judeus se revoltaram contra a ocupação romana. A resposta foi rápida e fulminante: Jerusalém foi sitiada e o grandioso edifício de Herodes foi saqueado e completamente destruído. A única parte que sobrou, o muro ocidental, reúne fiéis vindos de todo o mundo, que aqui lamentam a destruição do templo, mas também celebram a vida judaica com bar-mitzvás.


Círio de Nazaré, Belém do Pará
A cena dos barcos seguindo em romaria pela baía de Guajará talvez só encontre paralelo na condução emocionada da longa corda usada durante a procissão entre a catedral metropolitana e a Basílica de Nazaré. O Círio de Nossa Senhora de Nazaré não é exatamente uma peregrinação, mas uma devoção popular que toma conta não só de Belém, mas de todo o Pará e dos paraenses emigrados que para lá retornam todos os anos.


Belém, Territórios Palestinos
Quando os sinos das igrejas do mundo repicam na noite de Natal, estão todas ressoando o badalar do campanário da Basílica da Natividade, em Belém. Construída sobre o suposto lugar de nascimento de Jesus, é um dos lugares mais santos para os cristãos, que ainda passam em peregrinação por sítios como o rio Jordão, a Basílica de Nazaré e perfazem a Via Crucis, em Jerusalém, que termina no Santo Sepulcro.


Consulte-nos o melhor roteiro para você!



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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Petra, Petra, Petrinha

Fonte: VIAGEM E TURISMO


Petra, na Jordânia: uma das Novas Maravilhas do Mundo Moderno e outras maravilhas, em uma viagem fantástica

Petra, o principal cartão-postal da Jordânia está localizado a cerca de 3 horas e meia da capital, Amã. Chamada de “cidade rosa”, Petra (pedra, em grego) foi fundada por volta de 312 a.C. pelo povo dos nabateus, uma tribo nômade árabe. A cidade, então, se transformou em um ponto estratégico das rotas de caravanas, que transportavam incenso, mirra e especiarias pelo Oriente Médio. Foi esquecida pelo tempo e somente os beduínos locais sabiam sua localização, até ser redescoberta em 1812, pelo explorador suíço Johan Ludwig Burckhardt. Para conhecê-la a fundo, serão necessários de dois a três dias, já que suas atrações estão espalhadas por 5,2 quilômetros quadrados, repletos de túmulos, templos, cisternas, teatros etc. A entrada é feita pelo “Siq”, um estreito com mais de um quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes paredes com 80 metros de altura. Ao fim deste caminho, aparece Al-Khazneh (Tesouro), uma fachada imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria rocha de um rosa poeirento – elas foi esculpida no início do século 1 para ser o túmulo de um importante rei nabateu. O ponto de saída para os visitantes é o povoado de Wadi Musa, onde se encontram restaurantes, casas de câmbio, lojinhas de suvenires, além de hotéis. Carros não podem circular no local, mas se pode alugar carruagens ou cavalos. Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985, Petra foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo e cenário de Indiana Jones e a Última Cruzada, alem de locação da novela brasileira Viver a Vida.
por Gabriela Aguerre
Fonte: VIAGEM E TURISMO



Caminhávamos pelas ruínas de Petra e... Nossa. Para tudo. Passei uma vida esperando o momento de começar um texto assim: "Caminhávamos pelas ruínas de Petra"... E, agora que chega a hora, que volto a deparar com dinares entre as folhas do meu diário, tíquetes em árabe e fotografias, parece mentira. Que talvez eu não tenha de fato estado lá, um dos lugares que mais sonhei em visitar desde que me conheço por viajante.
Muito influenciada, devo dizer, pelas lembranças que guardava ou achava que guardava do filme Indiana Jones e a Última Cruzada, de 1989 (e que o turismo da Jordânia muito capitalizou), o terceiro da saga de Steven Spielberg e George Lucas, lançado quando eu nem tinha idade para achar Harrison Ford tão bonito, e quando eu ainda pensava que alguns lugares maravilhosos pertenciam às telas do cinema, como cenários que depois se desmontam e cuja beleza resistiria apenas enquanto o filme vivesse e dele se lembrassem. O mundo é muito mais bonito do que o cinema, mas eu aprendi isso algum tempo depois.
Eu nem gostava tanto de Indiana Jones, mas Petra marcou. Indiana e seu pai, vivido por Sean Connery, passavam por um desfiladeiro compridíssimo até chegar a um portal absurdo. Depois eu soube: esse portal chama-se Al-Khazneh, ou o Tesouro, e é apenas uma das maravilhas construídas por um povo que viveu ali há mais de 2 mil anos e sobre o qual se ensina muito pouco, os nabateus.

O guia e as alcaparras
O céu estava muito claro naquela manhã de novembro. Mohammed Ali, meu guia, que tinha feições de Omar Shariff e sotaque do Sean Connery (juro), me pajeava a distância enquanto eu me esgueirava pelas encostas dos cânions. Ele esperava com uma paciência de monge. À medida que avançávamos, sempre aquele tom rosáceo das paredes, dos portais, dos monumentos, e agora aquele céu azul e o silêncio, interrompido por ele ao ver, entre o chão e a pedra, um arbusto baixo e verde seco.
Mohammed querendo me ensinar todas as coisas dos nabateus, dos árabes, dos beduínos. Naquele momento, em suas mãos um frutinho pequeno e seco, que ele me dá, tentando lembrar como isso se chamava em alguma língua que eu entendesse. Alcaparra, ele diz baixinho, alcaparra, entre outros resmungos em árabe que repetia a si mesmo. Alcaparra? Mas isso eu sei o que é. No Brasil também se diz alcaparra! Eu fico tão feliz, que Mohammed fica tão feliz, que naquele momento o Brasil lhe pareceu tão familiar quanto homus, kafa e babaganuch. E alcaparras.
Caminhávamos pelas ruas de Petra, e eu aprendi que alcaparras em português são alcaparras em árabe.

Estrela de novela
As ruínas de Petra são como um grande parque temático, um deleite para os arqueólogos, um prazer para o viajante que gosta de imaginar como era a vida em um lugar tão remoto, construído há tanto tempo, mais de 20 séculos atrás. Os nabateus não foram os primeiros a habitar o local, mas sim os que, a partir do século 6 a.C., construíram seus principais e monumentais edifícios. Em seu apogeu, Petra chegou a ter 30 mil habitantes. No século 1 foi invadida pelos romanos, que deram feições novas à cidade, como ruas cercadas por colunas (romanas, of course) e banhos coletivos. Durante o período bizantino, alguns prédios viraram igrejas. Terremotos atingiram a região nos séculos 4 e 6. Os demais registros históricos remontam às Cruzadas. Dois fortes foram construídos ali no século 12.
Dali em diante cai em um limbo até 1812, com a chegada de Johann Ludwig Burckhardt, um jovem arqueólogo suíço que, afinado com o espírito de seu tempo, se apaixonou pela cultura arábica, aprendeu o idioma, converteu-se ao islamismo e se misturou aos beduínos, sob o codinome de Ibrahim bin Abdullah. Ao ouvir sobre fantásticas ruínas de uma cidade perdida próxima a Wadi Musa, contratou um guia que o levasse até lá. Com receio de ser descoberto, precisou ser cauteloso. Guardou seu entusiasmo para si e anotou tudo o que viu em meticulosos diários. "É um dos mais elegantes resquícios da antiguidade", escreveu. Depois da "descoberta", houve centenas de escavações e excursões de arqueólogos. Apesar de Petra contar com mais de 800 construções catalogadas, muitos mistérios ainda permanecem encobertos.
O parque pode ser visitado em meio dia, dia inteiro, dois ou três dias. Os tíquetes começam em JD$ 50, ou o equivalente a US$ 70. A entrada principal é adornada por imensas fotos do rei Abdullah e de seu pai, Hussein, que morreu em 1999, mas não no coração dos jordanianos. Alguns camelôs vendem suvenires e chapéus tipo Indiana. Cabe reforçar que foi o filme que colocou Petra no cenário do turismo mundial. Mas o número de visitantes por ano superou a marca do meio milhão depois de ter sido escolhida como uma das Novas Maravilhas do Mundo Moderno. Por aqui, foi também quase personagem de novela. Alinne Moraes desfilou diante do Tesouro, Taís Araújo subiu até o Monastério enquanto posava e flertava com Thiago Lacerda muito bem caracterizado como um... Indiana Jones.
Agora chega de Indiana que nem eu aguento mais. Mas você verá deles até o cansaço, especialmente diante do Tesouro. Uma de minhas diversões, aliás, foi ficar de costas para o portal só observando a reação de quem vinha pelo Al-Siq. Mas o mais surpreendente do Tesouro é que ele não tem a profundidade que se imaginaria para seus 43 metros de altura. A sofisticada fachada foi construída apenas para enfeitar o mausoléu de um rei nabateu. O nome surgiu da lenda de um faraó egípcio que teria escondido ali um tesouro.
Quase todas as fachadas que se veem em Petra são apenas fachadas, como a do Al-Deir, ou Monastério. Cheguei a esse monumento depois de subir 800 degraus a pé, em uma superação pessoal. Mais adiante havia dois mirantes. Dizem que a vista é espetacular. Eu preferi descer e apreciar o caminho de volta passando novamente por teatros, templos e tumbas. O sol começava a se pôr, e uma criança beduína grudou em mim. Pegou na minha mão, começou a brincar com meus dedos. Parecia encantada com a cor do meu esmalte.

Café e cardamomo
Petra é apenas um dos motivos para visitar a Jordânia, monarquia de 6 milhões de habitantes que até o momento vive de raspão a grande crise no mundo árabe. A onda dos protestos que começaram na Tunísia e acabaram derrubando o ditador do Egito também chegou a Amã, a capital. Como rápida resposta às manifestações populares, o rei Abdullah II, também conhecido como marido da rainha Rania, trocou todos os seus ministros. Em maio, algumas ruas de Amã voltaram a ser tomadas, dessa vez por expatriados sírios que protestavam contra o ditador de seu país (leia mais sobre os conflitos na seção Agência).
Eu estive em Amã apenas uma noite, tempo suficiente para me recompor do jet lag. No saguão do hotel, percebi um movimento de ternos e longos que saíam por uma porta. Era uma festa de casamento. Só homens dançavam. Mulheres conversavam animadamente em uma roda. Vestiam trajes de seda em turquesa, vermelho, amarelo, verdebandeira. Os olhos muito bem delineados, caprichados no rímel. Todos voltados para mim. Saí rapidamente, claro.
Uma hora ao norte, visitei Jerash, um dos conjuntos de ruínas romanas mais bem preservados do mundo. Sentada na arquibancada de um teatro de 5 mil lugares, aprendi com Mohammed a apreciar um café ao modo árabe: sem coar e recendendo delicadamente a cardamomo. Ele ainda me explicaria a diferença entre as expressões aalah, ialah e walah, que eles usam o tempo todo.
Sempre escoltada por dois Mohammed (o outro era o motorista), fui ao Monte Nebo, um dos lugares sagrados da Jordânia, de onde Moisés teria avistado a Terra Prometida. Ainda visitamos Madaba, "A Cidade dos Mosaicos". Em seguida, Petra. Mas de lá eu já contei, e nem preciso disfarçar minha preferência. Ok, teve Wadi Rum, o deserto.

Dormindo com beduínos
Não é apenas por ser um deserto (que per se já fascina qualquer viajante), mas Wadi Rum tem uma luz especial. Pude apreciá-la durante o dia, em um agradável passeio de duas horas em 4x4, com paradas para observar inscrições antigas nos rochedos, passar pelos cenários do épico Lawrence da Arábia (T.E. Lawrence esteve aqui), ver como um deserto é capaz de conter tantas paisagens e, finalmente, conhecer uma família de beduínos. Em uma tenda de lã de cabra, você é convidado a um café - e a comprar um suvenir na saída.
Vi Wadi Rum de cima, também, em um voo de ultraleve. Zsolt Petrovszki, o instrutor, me levou às alturas por 40 minutos. Passamos pelos Sete Pilares da Sabedoria, impressionante formação rochosa batizada assim em lembrança do livro que deu origem ao filme. Tentei contar os sete, mas só cheguei a cinco.
Tinha sido à noite, no entanto, minha imersão mais tocante. Sob um céu com mil estrelas, depois de um jantar árabe servido e animado por beduínos em um acampamento no meio do deserto, retirei-me à minha barraca. Simples, fechada por uma tira de velcro, apenas a luz de uma vela. Entre os lençóis, alguns inevitáveis grãos de areia. Um fiozinho gostoso e a sensação de que somos pequenos, pequenos, e que é incrivelmente bom estar vivo.


Quando ir
Embora seja um país pequeno, a Jordânia tem uma grande variação climática. Outono (de setembro a novembro) e primavera (de março a maio) são as melhores estações para visitar o país. No inverno, ir ao deserto pode ser um sacrifício: as noites costumam ser geladas. Já o alto verão (em julho e agosto) tem dias sufocantes. Neste ano, o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, será em agosto. Evite ir nessa época, já que vários estabelecimentos fecham as portas e as restrições são grandes.
Dinheiro
A moeda é o dinar jordaniano (JD). Dólares e cartões de crédito são aceitos comumente. Em maio, US$ 100 dólares compravam JD$ 70.

Quem leva?

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